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FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time | Review

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time é um RPG de ação, com um grande foco em exploração e atividades para relaxar a mente, desenvolvido e publicado pela LEVEL5 Inc. Nele, encaramos uma aventura que nos levará a diversos pontos diferentes do tempo, cada qual com seus segredos, oportunidades e, principalmente, lugares para trabalhar. Que vida.

E aí, será que vale a pena encarar? É o que saberemos agora, em mais uma análise adorável do Pizza Fria.

Meu protagonista tem dois empregos

O que vocês responderiam, amados leitores e leitoras deste site que pode ser considerado um dos mais queridos deste lado do véu da realidade, se eu perguntasse sobre como pensam que seria nossa vida em uma terra mágica? Será que me diriam fantasiar com lutas épicas contra monstros enormes? Ou como adorariam lançar bolas de fogo pelos dedos? Ou será que falariam da grande alegria que é arrumar um empreguinho para chamar de seu? Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.

Pergunto isso, de maneira aparentemente aleatória, pelo simples fato de que nosso joguinho de hoje levanta esse mesmo questionamento. Bom, ao menos foi o caso comigo enquanto eu o jogava por horas e mais horas sem nenhuma pausa para ver a luz do sol ou deixar as pessoas saberem que eu ainda seguia firme e forte em minha vida. Como deve ser, não é mesmo?

De todo modo, FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time chega como sequência de um jogo bem legal lançado originalmente no glorioso Nintendo 3DS, louvado seja seu nome, faz uns bons anos atrás. Agora, a franquia ressurge das cinzas com a proposta de entregar simulador de vida, jogo para relaxamento total e um pouco de aventura para dar aquele tempero. Mas será que deu bom? É o que saberemos agora.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time
Vamos ver nossa review, amizades? (Imagem: Divulgação)

História

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time começa com nosso personagem, criado de acordo com nossos gostos e sonhos, embarcando em uma aventura ao lado do intrépido arqueólogo Edward e seu adorável pássaro (e fiel escudeiro) Trip. Nossa viagem consiste em seguir a luz emanada pelo fóssil de um dragão para ver o que se encontra no fim dela, assim como todas as riquezas e belezas que provavelmente existem lá. O que poderia dar errado, não é mesmo?

Mas, como sempre, tudo dá errado. Nossos amigos são atacados por um ser misterioso e tudo parece estar perdido, até que o tal fóssil volta a vida e se torna um dragão! Que, para nos salvar, acaba levando todos para o passado. Agora, perdidos e largados, precisamos dar duro para entender tudo que se passou e dar um jeito, se possível, de voltar ao presente. Tudo, claro, através de muito trabalho pesado e aventura. Como deveria ser, não é mesmo?

A trama de FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time é bem leve e tranquila, com uma boa dose de comédia e leveza que caem muito bem com a proposta do título. Embora eu tenha achado os personagens que interagimos muito bobinhos, ainda acredito que ela tenha feito o essencial tanto para nos dar algo para perseguir quanto para justificar tudo que está acontecendo. Não é algo que vá ficar na memória, mas cumpre seu papel.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time
Quem você quer ser? (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

A jogabilidade de FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time pode ser dividida, grosso modo, em quatro momentos distintos: quando coletamos recursos, quando usamos esses recursos para criar algo, quando estamos tretando com a vida selvagem das ilhas que visitamos e quando estamos construindo nossa base e arrumando nossa casinha. Tudo isso é feito através das 14 vidas que podemos assumir, que nada mais são do que as diversas profissões do jogo.

O que são essas vidas, vocês devem estar se perguntando? Bom, elas são os diversos trampos que podemos escolher ao longo do jogo e que, verdade seja dita, são um dos grandes brilhos da coisa. Como falei lá em cima, eles se dividem naqueles que coletam recursos, constroem algo ou conseguem lutar contra monstros. Por exemplo, sendo mineradores, ferreiros e magos.

Cada uma das vidas de FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time possui sua própria progressão de habilidades e história, além de contarem com um estilo de jogo particular. As de coletar recursos envolvem um minigame no qual vamos dando dano naquilo que queremos pegar (uma árvore por exemplo) até que ela quebre e solte seus tesouros. As de criação consistem em apertar o botão de ação em cima do local adequado da mesa quando solicitado. E as de aventura nos permitem usar armas e magias para lutar através de golpes fracos, fortes e de longo alcance (de acordo com o tipo de arma de cada uma).

Esse sistema é fantástico, e muito mais interessante do que me pareceu em um primeiro momento. Embora eu tenha penado no começo, com meu personagem sendo ruim em tudo, logo logo eu estava indo feito uma bala pelas ilhas coletando tudo para criar belos móveis, equipamentos e pratos deliciosos. É um ciclo de jogo que diverte bastante, além de nos manter entretidos por um bom tempo.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time
Vou fazer uma cadeira bolada. (Imagem: Divulgação)

Outra mecânica interessante de FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time é nossa base, que pode ser melhorada conforme vamos avançando no jogo. Ela é bem grande, e podemos mudar tudo desde a estrutura de seu terreno até as construções que colocamos nela. Além de servir como fonte de renda e conforto, é nela que vivem os diversos amigos que encontramos em nossa jornada: os strangelings.

Eles, inicialmente, são pessoas amaldiçoadas a se tornarem objetos animados que, com um pouco de amor e magia da brava, pode ser humanos novamente. Além de nos ajudarem em nossas vidas, eles também podem acompanhar nossa jornada com um limite de até três por vez. Ou, se você tiver amigos reais, eles também podem entrar no lugar para uma grande aventura.

Esses amigos virtuais são bons por diversos motivos, tanto porque aumentam nossa proficiência nas vidas que eles representam quanto por nos ajudarem no combate ou restaurando a barra de recursos que usamos para coletar. Tirando o fato que a inteligência artificial deles é meio zoada, e que eles sempre se esforçam para levar o máximo de dano possível, sua adição é muito bem vinda.

Isso tudo contribui para que FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time seja um jogo com muito conteúdo para se explorar, mesmo que as vidas compartilhem mecânicas entre si. Por outro lado, isso permite que o título seja mais acessível e não se engesse com diversas regras e esquemas diferentes. O que, convenhamos, poderia ser um problema levando em conta os 14 trabalhos que podemos ter.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time
Será que vai dar bom? (Imagem: Divulgação)

Sons e visuais

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time entrega gráficos muito fofos e bonitinhos, casando bem com a proposta do título e ajudando a criar toda essa atmosfera de magia e relaxamento que tanto gostamos. Os cenários possuem uma boa variação temática entre si, ainda que entrem nos moldes de cavernas e campos, e tudo rodou sem nenhum problema ou esforço.

A trilha sonora também me agradou, consistindo em sua maioria de músicas com tons engraçados ou calmos que realmente tornam a experiência bem relaxante como um todo. Ainda que seja esperado em títulos desse estilo, não posso dizer que deixou de agradar. Pena que ficamos sem a nossa legenda, infelizmente.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time
Faltou PT-BR em FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time?

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time, leitores e leitoras desse nosso site do coração, realmente conseguiu tomar uma boa parte do meu tempo sem eu nem mesmo me dar conta. Muitas vezes, até, me fazendo ficar mais nas vidas virtuais do que na real. Ah, o grande dilema do apreciador de jogos destes tempos modernos, não é mesmo; Mas, por que será que isso aconteceu?

Um dos motivos é simplesmente pelo fato do jogo nos oferecer muito conteúdo para explorar, dividido entre suas diversas vidas, missões e na busca constante pelo material perfeito para nossas construções. Ou, ainda, pela tentativa de deixar nossa base toda linda e formosa. Ou, até, para encontrar novos amigos! Tirando o fato da IA ser meio doida e do jogo não ter nosso idioma, não há muito do que reclamar.

No fim das conta, minha experiência com FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time foi uma beleza. Realmente curti o que o título ofereceu, e me surpreendi com a quantidade de conteúdo que explorei e, mais ainda, com a que ainda tenho por explorar. Se jogos para se perder forem seu estilo, ou algo de qualidade para passar o tempo, podem ir sem medo. Não tem como se arrepender.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time chegou no dia 21 de maio e está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC, via Steam, e Nintendo Switch 1 e 2.

*Review feita em um Nintendo Switch, com código fornecido pela LEVEL5 Inc.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time

BRL 299,90
8.8

História

8.0/10

Gameplay

9.0/10

Gráficos e Sons

9.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Muito conteúdo para se explorar
  • 14 vidas adicionam uma boa variedade de experiências
  • O ciclo de jogo é bem relaxante
  • Modo cooperativo é uma boa adição
  • Minigames divertidos

Contras

  • IA dos amigos virtuais é meio doida
  • Sem legenda em português

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.

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